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15 Filmes que valem pela Trilha Sonora

31 de outubro de 2014
Postado por Hiran Albuquerque

Um bom filme não precisa ter uma boa trilha sonora. Se assim fosse, não teríamos ótimos filmes mudos.

Mas vai dizer que não é uma maravilha quando vemos um filme onde a trilha chama atenção? Algumas delas se encaixam perfeitamente nas ações dos filmes, dando um ritmo mais envolvente, fazendo a gente cantar e dançar ao sair do cinema! E não estou falando dos musicais – que inclusive já foi tema por aqui.

Montei uma lista com filmes que já valem por suas músicas, sendo originais (compostas especialmente para o longa), ou coletâneas. Lá vai:

 

Romeu + Julieta

Romeo + Juliet – 1996

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: É muito esforço para ficarem juntos. E isso dá muita fome.

A mais clássica história de amor recebeu uma versão para o cinema em 1996, com direção do Baz Luhrmann. Este foi um dos primeiros sucessos do diretor, que anos depois trouxe grandes sucessos ligados a música como Moulin Rouge e O Grande Gatsby. A trilha sonora deste filme estrelado por Leonardo DiCaprio e Claire Danes é uma das mais pop, rock, sensíveis e fodas do cinema nas últimas décadas. De nomes conhecidos, apenas Garbage, Radiohead e The Cardigans, mas não deixa de ser uma trilha para todo mundo. Muita qualidade. Muito amor.

 

Corra, Lola, Corra

Lola rennt – 1998

vale pipoca turboVale pipoca Turbo: Muita ansiedade nesse longa, ou seja, fome e sede!

Lola (Franka Potente) tem apenas 20 minutos para correr (literalmente) e achar 100 mil marcos perdidos e entregá-los para o seu namorado. Se ela falhar, ele morre. O diretor do filme e também compositor da trilha, Tom Tykwer, mostra Lola tentando salvar a vida do namorado em três diferentes possibilidades. Tykwer é alemão e Berlim, cidade onde morou boa parte da vida, tem uma forte cena eletrônica. Isso fica bem claro no ritmo do filme e em suas composições. A trilha é rápida, pesada e lembra muito os anos de rave. Quem curte as baladas de música eletrônica vai se identificar.

 

As Virgens Suicidas

The Virgin Suicides – 1999

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: É um drama com 5 adolescentes. Prepara muita pipoca.

O nome dramático e a descrição do filme já anunciam o que está por vir. O primeiro longa de Sofia Coppola conta a história de 5 irmãs americanas na décadas de 70. A mãe (Kathleen Turner) é religiosa e controladora. O pai (James Woods) um pastel. As irmãs são proibidas de sair de casa depois que a irmã mais velha, Lux (Kirsten Dunst), perde a hora de voltar para casa depois de uma festa de formatura. Para este filme o duo francês Air compôs uma trilha sonora original. Além dela, foi lançado também um álbum com músicas da dupla e canções dos anos 70. Eu adoro essa trilha. Piano, teclado, com base eletrônica em algumas. Uma delícia.

 

A Praia

The Beach – 2000

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: Dá muita vontade de fumar dançar. E “dançar” dá fome.

Este é um filme também estrelado Leonardo DiCaprio, 3 anos depois do sucesso que ele fez em Titanic. Lembro na época, de uma grande expectativa pelo que viria, mas Leo preferiu sair do “água-com-àçúcar” e nadar em águas mais profundas. E isso quer dizer, trabalhar com diretores mais ousados, como Danny Boyle. A trilha sonora segue a linha dramática de suspense, com artistas indie como Blur, Moby e Asian Dub Foundation. É uma trilha com levada eletrônica. E não podemos deixar de lembrar do grande hit deste filme: a música Pure Shoes, interpretada pela girl band All Saints.

 

Hedwig – Rock, amor e traição

Hedwig and the angry inch – 2001

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: Faz muita pipoca. Pipoca doce, colorida, com brilho. Bem glam-rock!

O filme conta a história de Hedwig (John Cameron Mitchel), uma roqueira transexual alemã, que nasceu no dia em que o muro de Berlim foi erguido. Ela cresceu ouvindo figuras como Lou Reed, David Bowie e Iggy Pop. Ainda jovem, tenta fazer uma operação de mudança de sexo no lado Ocidental, mas o procedimento acaba não dando muito certo. E é daí que vem o nome “Hedwig e a polegada nervosa”(tradução livre do título original). The Angry Inch além de ser o que lhe sobrou entre as pernas, dá nome a sua banda. O filme é foda, a trilha sonora é foda. Todas as músicas foram compostas especialmente para um musical, que depois virou filme e por fim, um espetáculo da Broadway. Muitas perucas e muito glam rock.

 

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

Le fabuleux destin d’Amélie Poulain – 2001

vale pipoca turboVale pipoca Turbo: Muita pipoca para compartilhar com amigos, e também algo gelado para beber numa tarde quente. <3

Esse é o típico filme do cinema fofo”. Dirigido por Jean-Pierre Jeunet, Amelie foi um grande sucesso de crítica e público, e continua agradando gregos, goianos, hipsters, vovós e marmanjos. Amélie é uma jovem francesa que mora em Paris e que parece ter nascido com a missão de fazer a vida dos outros menos dura. Através de manobras criativas, nossa heroína faz as pessoas sorrirem com pequenos gestos. A trilha sonora composta pelo músico Yann Tiersen é a mesma coisa. Com grande influência francesa, pianos, violinos e sanfonas, a trilha é um carinho na alma. <3

 

Party Monster

Party Monster – 2003

vale pipoca turboVale pipoca Turbo: Para fazer uma festa em casa e servir a pipoca como aperitivo.

A trilha mais dançante da lista vem de um filme com um roteiro divertido e ao mesmo tempo trágico. Mesmo a história tendo acontecido no início dos anos 90, a trilha é recheada de musicas dos anos 2000, muito electro com Miss Kittin, Nina Hagen e Pet Shop Boys. O filme mostra a história do promoter de festas americano Michael Alig (Macaulay Culkin) e seu clã de amigos, os Club Kids. O grupinho clubber fez um certo barulho pelo visual impactante e por viverem a noite intensamente. O que essa galera da night não esperava era ver o seu líder preso, acusado de assassinato. Vale salientar que a história é real.

Obs: Sabe RuPaul, a drag queen mais famosa do mundo? Ela era uma das Club Kids original.

Obs 2: Marilyn Manson faz uma participação como um dos Club Kids.

 

Hora de Voltar

Garden State – 2004

vale pipoca turboVale pipoca Turbo: Faz pipoca para o dia todo. Ouve a trilha no repeat.

Andrew (Zach Braff) recebe a notícia de que sua mãe faleceu e precisa voltar a  cidade natal para o funeral. A volta às suas origens faz Andrew repensar a vida. A relação com o pai, rever amigos e conhecer uma menina viciada em mentir mudam sua percepção de como seguir em frente. A trilha sonora deste filme é uma coisa maravilhosa! Muito pop-rock acústico, com uma pegada folk, as músicas seguem um ritmo próximo umas das outras com picos de alegria. Sabe aqueles dias em que você está em casa de bobeira e quer ouvir algo gostoso? Pode procurar que vale a pena. A trilha sonora foi escolhida pelo próprio Zach Braff, que também dirigiu o filme.

 

Crepúsculo

Twilight – 2008

nao vale pipocaNão vale Pipoca: O filme vale pela trilha sonora. Apenas.

Não preciso falar muito desse filme pois todos conhecem, né? O que nem todos sabem é que a trilha sonora dos vampiros adolescentes mais famosos dos últimos tempos também é um grande sucesso. É a trilha sonora mais bem vendida desde o estouradaço musical Chicago. Teve a música tema e trilha indicados ao Grammy de 2010, além de terem ganhado o prêmio de Trilha Favorita no American Music Award. Realmente é muito boa! As músicas seguem a mesma vibe teen do filme, com ótimas faixas, como Supermassive Black Hole do Muse,  Decode da banda Paramore e os dinamarqueses do Blue Foundation com Eyes on fire. Pesadinho, romântico, fresh.

 

500 Dias com Ela

500 Days of Summer – 2009

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: Pipoca para todos os momentos. Para dividir com um paquerinha, ou para comer sozinho #chateado.

Um roteiro bem escrito, onde emoções como alegria, tristeza e amor são mostrados em harmonia. O protagonista do filme se apaixona por uma menina que parece não acreditar no amor verdadeiro. Por conta disso, ela não assume um namoro com ele de forma alguma, o que deixa nosso querido herói romântico um tanto desapontado. Mesmo triste por não ter algo fixo, ele é extremamente feliz quando estão juntos, fazendo ele refletir sobre os rótulos que somos impostos nas relações atualmente. A trilha traz artistas que eu adoro como Regina Spektor, The Smiths, Feist e Carla Bruni. Alegre, feliz e romântico sem ser piegas.

 

Scott Pilgrim Contra o Mundo

Scott Pilgrim Vs. The World – 2010

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: Hadouken! Muitas lutas vão te deixar faminto.

Para quem é nerd, curte games, rock indie e punk! O filme foi inspirado na história em quadrinhos que conta a saga do personagem principal, Scott Pilgrim (Michael Cera). Ele precisa derrotar A Liga dos Ex-namorados de Ramona, sua atual namorada. Só assim eles poderão ficar juntos em paz. O filme é bem divertido, com várias referências a videogames e fazendo de Pilgrim um super-herói. Sabe quando você mata um chefão do Sonic ou Super-Mário e ganha várias moedas em troca? Pois é, isso acontece com ele na ” vida real”. A trilha também tem umas músicas de zuera. tipo uma versão de By Your Side da Sade, só que tocada pela banda de country alternativo, Beachwood Sparks.

 

Drive

Drive – 2011

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: As cenas de perseguição vão te deixar ansioso.

Este filme conta a história de um mecânico e dublê de cinema, interpretado por Ryan Gosling (as mina pira!). O cara além dessas duas profissões, faz um freela de “motorista de fuga”. E o que seria isso? Ele é contratado por ladrões para fugir o mais rápido possível da cena do crime. O que acaba rolando é que ele se apaixona pela vizinha e rouba um carro em troca da segurança dela. O filme tem um ritmo lento, mas ainda assim, muito bom. Planos mais demorados e sem muitos cortes. A trilha casa perfeitamente com a vibe do filme. Meio hipster, meio modernoso.

Curiosidade: A trilha sonora fez tanto sucesso no mundinho alternativo que o apresentador e DJ britânico Zane Lowe vai regrava-la, com participação de bandas como Chvrches, SBTRKT, Banks e Bastille.

 

Ela

Her – 2013

vale pipoca turboVale pipoca Turbo: Forever alone = fome, muita fome!

Ela fala sobre um futuro próximo onde computadores tem inteligência artificial, e conversam conosco com a mesma velocidade de humanos. Isso faz com que o personagem principal Theo (Joaquin Phoenix), se apaixone pelo seu novo sistema operacional, Samantha (Scarlett Johansson). O filme tem trilha sonora composta por uma das bandas mais fodas em atividade: Arcade Fire. A trilha é original, ou seja, feita especialmente para Ela. Do tipo marcante, que te leva a lembrar de cenas do filme para sempre. E ainda tem uma música cantada pela Scarlett Johansson em dueto com o Joaquin Phoenix.

 

A Vida Secreta de Walter Mitty

The Secret Life of Walter Mitty – 2013

vale pipoca grandeVale pipoca Grande: Ben Stiller surpreendeu, merece bastante pipoca.

Sempre achei que Ben Stiller era um comediante pastelão, que fazia filmes blockbuster desinteressantes à la Sessão da Tarde. Mas não. Ele dirige e estrela esse filme, com toda a qualidade de hollywood, mas sem perder o bom nível de roteiro. Walter (Ben Stiller) trabalha na revista Life e vê seu emprego ameaçado pela entrada de um novo diretor. Para tentar reverter a situação, embarca numa jornada onde fantasia e realidade se confundem. A trilha tem uma pegada forte do folk rock, com nomes como Of Monsters and Man, José Gonzales, Jack Johnson e uma parceria inusitada mas que deu muito certo: David Bowie e Kristen Wiig cantam Space Oddity juntos. Indico demais.

 

Bling Ring – A Gangue de Hollywood

The Bling Ring – 2013

vale pipoca turboVale pipoca Turbo: Muita ostentação. A nota mais baixa que aparece nesse filme é de $100.

Qual o universo da música que mais ostenta? O HIP HOP, claro! E a trilha desse filme investe pesado nessa vibe. Só os “fracos” cantam aqui: Rihanna, Kanye West, Lil Wayne, Frank Ocean, Mia e Azaelia Banks. Não poderia ser diferente, já que os personagens principais do filme são adolescentes vidrados em celebridades, suas jóias e roupas caras. Muito ouro, Chanel, Prada e baladas. O grupo ficou famoso nos Estados Unidos por roubarem casas de gente muito famosa. Uma história real.

Obs: Mais um filme da Sofia Copola. Casada com o Thomas Mars, vocalista do Phoenix, tinha que fazer filmes com boas trilhas, né?

 

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